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Alice Campos Teodoro tem 19 anos e está feliz da vida. Ela conseguiu seu primeiro emprego no clube do coração, o Cruzeiro, graças à participação no programa Capacitar para Crescer, ofertado pela Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Geração de Renda. Após três meses de muito aprendizado, ela foi encaminhada a uma vaga de emprego captada pelo Centro de Formação do Trabalhador (Cefort), que oferece o curso. Alice candidatou-se à

vaga, conseguiu ser aprovada na entrevista e já irá começar a trabalhar ainda nesta semana. “Estou muito feliz. Sou cruzeirense desde criança e vou trabalhar no time com qual eu sempre sonhei. Ter participado da capacitação fez total diferença na minha vida. Eu sou muito tímida, não conseguia falar em público, agora, estou controlando isso e consegui a vaga”, relatou ela.

Alice foi um dos 65 jovens aprendizes, do curso Capacitar para Crescer, que, junto com as 14 alunas do curso de Corte e Costura Industrial, 79 pessoas ao todo, receberam seus certificados de conclusão da qualificação em noite de muita alegria. A solenidade ocorreu, na terça-feira (10), no auditório da Fundação de Ensino de Contagem (Funec) Inconfidentes. Pais, filhos, companheiros, sogros e amigos lotaram o auditório para prestigiar os formandos, bem como o corpo docente e coordenador da Qualificação no Cefort, além de autoridades ligadas à Secretaria Municipal de Trabalho e Geração de Renda.

Os cursos, totalmente gratuitos, são custeados com recursos do Tesouro Municipal e têm como base a Lei Federal 10.097/2000, que afirma que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. A lei estipula que o contrato pode durar por até dois anos e que deve ser garantida a oferta de atividades teóricas e práticas no ambiente de trabalho. Por lei, empresas médias e grandes devem ter entre seus quadros de trabalhadores um mínimo de 5% de jovens aprendizes e um máximo de 15%.

Normalmente, o Capacitar para Crescer é um curso muito procurado, com média entre seis a dez candidatos por vaga. Por isso, para participar de novas turmas, o jovem precisa procurar a instituição a cada trimestre e passar por uma prova de seleção, mais uma entrevista.

A carga horária do Capacitar para Crescer é de 160 horas, com duração aproximada de três meses. Para participar, o jovem precisa ter entre 16 e 24 anos e estar cursando ou ter concluído o Ensino Médio. Já para o curso de Corte e Costura Industrial, a carga horária é de 175 horas, com duração aproximada de três meses e meio, com disponibilidade maior de vagas. Em média, são formadas entre três e quatro turmas de ambos os cursos ao longo do ano.

Solenidade

A mesa da solenidade foi composta pelo professor do Capacitar para Crescer, João Ricardo de Santana, a professora do Corte e Costura Industrial, Antonieta Quintanilha, o diretor-geral de Qualificação da Secretaria de Trabalho e Renda, Marcelo Araújo, e o secretário Municipal de Trabalho e Geração de Renda, Fredim Carneiro. A cerimônia foi conduzida pelo coordenador de Qualificação no Cefort, Doniseti Silva.

Formação cidadã

João Ricardo destacou que a preparação ofertada é para a vida. “Esse projeto tem o viés de preparar o jovem, o primeiro emprego vira uma isca para formação cidadã que queremos oferecer, formação não só para o mercado de trabalho, mas para a vida. Ofertamos conteúdo para mentes e corações. É isso o que nos motiva, quando, por exemplo, um pai chega e relata que o filho está respondendo melhor quanto à disciplina e compromisso com a escola”, disse o professor.

“Agulha no pano”

Antonieta Quintanilha ressaltou a importância do saber costurar. “Vestir-se com elegância é se sentir bem dentro daquela peça. Quando você escolhe uma roupa, mostra quem você é. Então, a pessoa saber costurar a própria roupa é parte de um processo de autoconhecimento e empoderamento”, assegura a professora, reforçando que o curso de Corte e Costura Industrial não é só para mulheres: “na nova turma que se inicia nesta semana, já temos três homens”, adianta. Zenza Lúcia Alves participou do curso de Corte e Costura Industrial e foi uma das oradoras de turmas. Ela reforça a importância da oferta do curso: “Para muitos, pode ser pouca coisa. Para nós, o curso foi de grande valia. Levaremos sempre conosco a frase “agulha no pano””, disse, emocionada.

Sempre é tempo de aprender

José Doniseti Silva afirmou que nunca é tarde para aprender mais. “A gente aprende a vida inteira e toda época é tempo de aprender alguma coisa.  Apenas estamos começando o mês de março e temos mais uma turma já formada e mais preparada para o mercado de trabalho. Em relação ao curso de Corte e Costura, as pessoas tanto podem ir para o mercado formal quanto trabalhar por conta própria, gerando emprego e renda dentro de suas próprias casas e rotinas. É uma prestação de serviço muito boa da Prefeitura de Contagem para os contagenses”, asseverou o coordenador.

Mil jovens capacitados durante a gestão Alex de Freitas

Fredim Carneiro, que um dia já foi um jovem aprendiz, assim como o irmão dele, contou que a oportunidade recebida naquela época foi a porta de entrada dele para o mercado de trabalho, e que depois disso ele nunca mais parou de trabalhar. “As empresas valorizam muito o jovem que passa por essa capacitação, por causa da postura que adquirem, do conhecimento que absorvem e da perspicácia que aprendem para resolver problemas. O curso de Corte de Costura, por sua vez, capacita as pessoas para que possam gerar renda própria, não só para o mercado formal. Contabilizando os quatro anos de gestão deste governo, teremos capacitado cerca de mil jovens. A gente muda a vida de uma família quando consegue inserir um jovem no mercado de trabalho. O primeiro emprego é uma bandeira do prefeito Alex de Freitas e minha, também”, finalizou o secretário.

Você sabia?

A Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Trabalho e Geração de Renda, tem ofertado ao cidadão contagense cada vez mais oportunidades de recolocação ou inserção no mercado de trabalho. Nos últimos meses, o município se destacou como uma das cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) que mais geraram empregos em Minas Gerais. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, o município teve saldo positivo de contratações com mais de 3.440 efetivados, entre janeiro e setembro de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior.